Em livro, delegado de Santa Fé do Sul alerta sobre crimes cibernéticos

“As ameaças decorrentes da tecnologia não são uma preocupação para o futuro. Pelo contrário. Na verdade, é uma ameaça do presente.” O alerta é do delegado de polícia Higor Vinicius Nogueira Jorge, de Santa Fé do Sul, autor de vários livros sobre crime cibernético. Especialista no tema, Higor Jorge destaca que a tecnologia pode ter um efeito muito benéfico, mas quando utilizada indevidamente proporciona prejuízos e muitos transtornos para as vítimas.

Em outubro, o delegado relançou o livro “Crimes Cibernéticos – Ameaças e Procedimentos de Investigação”, que está na 3ª edição. A obra, de 2012, teve a participação do delegado Emerson Wendt, e se tornou muito respeitada na área da investigação criminal tecnológica por ser o primeiro título em língua portuguesa. “A versão anterior foi atualizada e as informações foram apresentadas de forma mais objetiva”, diz.

Higor Jorge conta que a partir deste material começou a observar que os conhecimentos utilizados na investigação de crimes cibernéticos poderiam ser utilizados para investigar qualquer tipo de crime, e ajudou a criar a disciplina “Investigação Criminal Tecnológica.” Devido à relevância do assunto, passou a convidar profissionais com experiência na área para escrever livros sobre o tema. “Tive a oportunidade de escrever, coordenar e participar de mais de 20 livros, sendo seis deles especificamente sobre investigação criminal tecnológica”, diz.

Em agosto passado, lançou os livros “Direito Penal sob a Perspectiva da Investigação Criminal Tecnológica” e “Manual de Educação Digital, Cibercidadania e Prevenção de Crimes Cibernéticos.” O primeiro aborda temas como crimes contra a vida e o patrimônio, além de crimes contra a dignidade sexual sob a perspectiva da investigação criminal tecnológica. Já o segundo apresenta diversos temas que ajudam a promover a educação digital e conscientizar as pessoas sobre a cibercidadania – que é o exercício dos direitos e deveres do cidadão com o auxílio da tecnologia.

Dois novos livros devem ser lançados dentro de três meses: “Drones e Segurança Pública” e “Direitos Humanos, Tecnologia, Atuação Policial e Proteção de Dados Pessoais.”

O delegado quer que os livros sejam ferramentas de conscientização sobre a utilização ética e segura dos meios tecnológicos para que as pessoas consigam extrair tudo de positivo dos meios tecnológicos. “Também sou defensor de mais políticas públicas em torno deste tema, envolvendo governo, escola, igrejas e, principalmente, o diálogo nos lares”, afirma.https://631e94c9e7d3de939a180368e2bbbb4d.safeframe.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html?n=0

Higor Jorge também alerta que as empresas precisam criar regras internas relacionadas com a segurança da informação e a proteção de dados, capacitando e conscientizando todos os colaboradores para que levem a sério essa política. “Hoje são comuns vazamentos de dados e também outros incidentes que causam prejuízos financeiros ou que atingem a reputação das empresas, por isso essa é uma questão muito relevante e atual”, destaca.

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